Lembro-me de uma vez, eu devia estar com uns 9 anos. Apareceram uns gatinhos abandonados numa casa também abandonada e que estava à venda perto de casa. Resolvi defender a causa de pegar um deles pra cuidar, aproveitando a presença da minha tia, pois sabia que ela ia dar o maior apoio. Achei que meu pai pudesse ceder... Tentamos convencê-lo de todas as formas, a princípio com jeitinho, depois de uma forma mais insistente e o resultado foi uma briga danada, que me fez chorar muito e minha tia e ele brigarem. Resultado: fiquei uns dias na casa da minha tia até a raiva e a tristeza passarem!
Até hoje não entendo porque meus pais eram tão contra ter um animal de estimação em casa. Por isso só pude ter meu primeiro gato quando fui morar sozinha. Neste intervalo, fazia lá minhas “amizades” por aí. Por sorte sempre “tropeçava” em algum bichinho pelo caminho. Era um gato da rua, o cachorro de um vizinho, de conhecidos ou de algum parente.

Também não era raro ter famílias de joaninhas dentro de caixas de fósforo, ou colocar lagartas em caixas de sapato, esperando que se transformassem em borboletas. Quando íamos para o litoral, passar as férias na casa do meu avô, adorava colecionar vagalumes e os prendia em potes de vidro, para soltá-los à noite no meu quarto e vê-los brilhar antes de dormir. Mas é claro que eles não brilhavam tanto! Deviam estar infelizes por estarem presos..