quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Boas lembranças da infância

Alguns bichos marcaram minha infância. Lembro-me bem do Dique e do Banzé. Eles eram cachorros de uma tia, irmã da minha mãe. Gostava especialmente do Dique, pois ele ficava tomando conta da fábrica do meu tio e me parecia bastante carente. Íamos pouco na casa desta minha tia, mas quando sabia que ia,ficava ansiosa pra chegar logo o dia pra poder brincar com eles. Ficava horas acariciando o Dique e conversando com ele e acho que ele também gostava disso, pois mal se mexia.
Na foto, meu irmão Ricardo, eu e o Banzé (preferido de minha tia!)


Também me recordo do Jerry. Era um pastor preto, muito temido pela vizinhança. As pessoas atravessavam a rua para não passar em frente à casa do pintor, vigiada 24 horas pelo Jerry. Mas o Jerry gostava de mim e eu também dele. Eu era uma das poucas pessoas que não precisava atravessar a rua, quando chegava perto da casa do Sr. João. E, aos poucos, fui ganhando a intimidade deste cão tão temido. Parava na frente da casa e fazia uns carinhos nele, que agradecia abanando o rabo,ou lambendo minhas mãos. Depois de um tempo, o Jerry passou a me esperar na esquina. Ganhava seus carinhos, caminhávamos juntos até a frente da sua casa, mais uns carinhos e nos despedíamos, aí eu seguia para minha casa e ele pulava o muro e entrava na sua.
De vez em quando, conversava com o dono do Jerry, que se espantava com a fidelidade de seu cão para comigo. Um dia ele comentou que o Jerry era louco por um pedaço de goiabada, na época também meu doce predileto!!! Então, para agradar meu amigão, de vez em quando levava um pedaço deste doce pra ele, escondido na minha mala, no meio do material escolar. Mas vou dizer que, se eu não encontrava com ele na ida, era difícil guardar o doce pra depois. KKKKKKK!!


Na época do colegial (hoje ensino médio), também arrumei um amigo de 4 patas. Era um gato branco e preto (famoso Frajola), que perambulava pela rua onde morava. Nem sei se ele tinha dono, mas o danado era esperto e logo aprendeu o horário que eu voltava da escola e ia me esperar na esquina. Também aprendeu onde era a cozinha da minha casa, e a visitava justamente na hora do almoço (nada bobo). Como eu me sentava perto da porta, era mais ou menos tranquilo dar alguma coisa interessante pra ele sem que minha mãe visse, pois o danado se sentava embaixo da minha cadeira e esperava a comida sem dar um miado, mas hoje penso que minha mãe fazia vista grossa e fingia que não via o gato. O duro era dispensar o meu amigo aos sábados e domingos, pois quando meu pai estava em casa era perigoso!...Ah se ele visse o gato ia dar a maior briga!!!
Até que um dia ele não apareceu na esquina e nem entrou mais no quintal. Nem no dia seguinte e nem depois...Não sei o que aconteceu com ele, mas naquela época era muito comum gatos morrerem envenenados ou atropelados. Mas vamos pensar na melhor das hipóteses... ele tinha um dono que se mudou para outro lugar....

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