quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Amarelinho!

O único bichinho que consegui ter em casa, quando morava com meus pais, foi um canário. O nome dele era Roberto Carlos, escolhi o nome porque ele cantava demais e seu canto era magnífico. Ele era amarelo e tinha um topete marron, que lhe dava um charme especial. Foi presente do meu padrinho, o vô Juca. Talvez por ser um presente dele, meus pais aceitaram, mas o canarinho se tornou alvo de muita polêmica... Quando chegavam as férias, meu pai queria viajar, então tínhamos que arrumar um lugar pra deixar o RC...O triste é que ele ficava meio deprimido por ter que mudar de casa e quando íamos buscá-lo de volta, ficava dias sem cantar e a pessoa que cuidava dele nesse período dizia que ele quase nem comia. Outro problema era a limpeza da gaiola! Minha mãe brigava comigo quase todos os dias, porque como eu quis ter o passarinho, era obrigação minha cuidar dele, comprando comida, limpando a gaiola, colocando ele um pouco no sol... Olha, era um pé no saco! Mas hoje sei que minha mãe tinha razão.

Depois de um tempo, o Roberto ganhou um companheiro, que ,obviamente, recebeu o nome de Erasmo, mas ele não era meu e ficou provisoriamente em casa, porque na verdade era um presente que minha tia (a mesma que era dona do Dique e do Banzé) pediu para o meu padrinho, que era criador de canários. O RC e o Erasmo tornaram-se super chegados e cantavam feito doidos, quase o tempo todo, principalmente nos dias ensolarados; era uma dupla e tanto. Parecia até que competiam pra ver quem cantava mais e melhor!
E aí, quando chegou a hora de levar o Erasmo pra minha tia, meus pais me convenceram de que seria melhor que levássemos também o Roberto... e a dupla foi cantar em outro quintal.

Hoje não sou a favor de prender pássaros em gaiolas, mas me lembro que na época afeiçoei-me muito ao Roberto Carlos e ter ele por perto era um motivo de muita alegria pra mim!

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